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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jornalismo colaborativo, relevância da informação e papel do jornalista

Com o surgimento do jornalismo colaborativo, várias questões podem ser abordadas sobre a importância do jornalista profissional na produção e gerenciamento das notícias desses espaços. Uma delas é a filtragem de conteúdo, baseada na política editorial dos veículos de informação. Um ponto de discussão no texto Cartografia da informação no Webjornalismo é quanto à relevância dos conteúdos pautados pelos “jornalistas-cidadãos”. Em meio com tamanha pluralidade de opiniões como num site colaborativo é natural que surjam discussões sobre a segmentação das informações e a relevância das mesmas para a sociedade. Ironicamente, é nesse contexto onde todos podem contribuir, que o papel do jornalista se evidencia com mais força: o jornalista é um cartógrafo, que organiza o espaço, relaciona informações e cumpre seu papel de gerenciador de conteúdo.

Um exemplo da importância do jornalista na apuração e condução da informação é a tragédia que acontece no Rio de Janeiro. O profissional tem a possibilidade de cobrir melhor o que está acontecendo, pois tem a credencial que o permite ter acesso a fontes oficiais, como Defesa Civil e Bombeiros, além de ter estrutura organizacional e aparatos tecnológicos suficientes para uma cobertura mais completa e com unidade de informação.



Outro exemplo pode ser visto no vídeo do G1 acima. Sem um contexto, e informações mais completas, um amontoado de vídeos caseiros acaba não sendo muito útil. Pode até mesmo emocionar, ou mostrar como está a situação, mas necessita de mais informações.

Obviamente que a tragédia desperta interesse em todos os cidadãos, não só os que sofreram diretamente as conseqüências das chuvas. Muitas pessoas oferecem vídeos e informações em Blogs a cerca do assunto, porém, podem ser desencontradas e não fornecerem informações mais completas e uma visão mais ampla dos desabamentos, como conseqüências políticas para a cidade, por exemplo. Essa visão não diz respeito a mero conhecimento de algumas coisas, mas uma série de teorias e conhecimentos que se espera que o jornalista tenha adquirido na formação acadêmica.

É aí que o verdadeiro potencial do jornalista vai aparecer: não devemos nem merecemos permanecer num pedestal, censurando o que merece espaço na mídia. Por outro lado, seria sofrível esperar que cada pessoa tivesse conhecimento e maturidade suficientes para filtrar o que deve ler.

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