Em análise dos sites Ohmynews e Slashdot, observamos que o princípio do webjornalismo participativo é seguido de maneiras diferentes. Enquanto no primeiro há mediação feita por jornalistas profissionais, no segundo são os próprios colaboradores que selecionam o que deve ser publicado. Diante disso, verificamos que a fronteira entre emissor e receptor neste novo tipo de jornalismo está mais tênue, já que a participação do usuário na produção de conteúdo é imprescindível.
Um diferencial do webjornalismo participativo é a chamada apuração distribuída, em que os leitores auxiliam os jornalistas na verificação de informações. O site do jornal The Guardian usa esta nova ferramenta na investigação de documentos do poder público. Os usuários respondem um questionário indicando o que é interessante, o que não é, o que já é conhecido e principalmente o que acreditam necessitar de maior apuração. Na página principal, são disponibilizados os documentos mais revisados nas últimas 48 horas. Além disso, os usuários têm acesso a quantidade de páginas de dados que já foram analisadas e as que ainda precisam ser.
O site do The Guardian é um exemplo de participação do público na produção de notícias e pautas. Esta interação é uma tendência dentro do webjornalismo, já que o trabalho do jornalista é produzir conteúdo para alguém e esse retorno se faz necessário.
Berenice dos Santos, Claudia Xavier e Daniela Bidone
Nenhum comentário:
Postar um comentário